"Esta ação terrorista, após o encontro do presidente dos Estados Unidos com o chefe de um dos governos reacionários da região que sempre apoiou os terroristas, é plena de significado e a reivindicação pelo Daesh (acrónimo árabe do grupo extremista Estado Islâmico) mostra que eles estão envolvidos", afirma um comunicado divulgado pela agência oficial Isna.
Separadamente, Mohammad Hossein Nejat, vice-comandante do serviço de informações dos Guardas da Revolução, também acusou a Arábia Saudita e os Estados, afirmando que os dois países tinham "ordenado aos seus fantoches" para realizarem os ataques, informou a agência Fars.
O parlamento do Irão e o mausoléu do imã Khomeini em Teerão foram hoje atacados por sete ou oito homens armados e bombistas suicidas, que se fizeram explodir ou foram abatidos pelas forças de segurança, segundo meios de comunicação iranianos.
Trata-se dos primeiros atentados no Irão reivindicados pela organização 'jihadista' Estado Islâmico, o grupo radical sunita que o Irão xiita combate na Síria, apoiando as forças do Presidente Bashar al-Assad.
O Presidente Donald Trump esteve na Arábia Saudita há cerca de três semanas, na sua primeira viagem ao estrangeiro, onde acusou o Irão de desestabilizar a região do Médio Oriente e de apoiar os "crimes indescritíveis" do regime sírio.
O chefe de Estado norte-americano apelou na altura a todas as nações para "trabalharem para isolar o Irão e [privá-lo] dos fundos que financiam o terrorismo", tendo sido secundado pelo rei Salman da Arábia Saudita que qualificou Teerão de "ponta de lança do terrorismo mundial".
A Arábia Saudita é de maioria sunita e segue uma linha ultraconservadora do islamismo, o 'wahabismo', sendo o Irão o seu grande rival na região.
"Os Guardas da Revolução sempre provaram que nunca deixam sem vingança o derramamento de sangue de inocentes", refere ainda o comunicado da força de elite do Irão.
Lusa