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Japão diz que novo ensaio de mísseis da Coreia do Norte não ameaçou a sua segurança

O Governo japonês considera que o ensaio de mísseis realizado, hoje, pela Coreia do Norte não representou uma ameaça à sua segurança, ao contrário de outras vezes, em que projéteis caíram em águas da sua Zona Económica Exclusiva (ZEE).

Japão diz que novo ensaio de mísseis da Coreia do Norte não ameaçou a sua segurança
KCNA KCNA

"Estamos a tomar as medidas adequadas a par com a comunidade internacional", afirmou o ministro porta-voz do Executivo japonês, Yoshihide Suga, indicando que estão a analisar informação sobre o lançamento com os Estados Unidos e a Coreia do Sul, ainda que este não tenha representado uma "ameaça à segurança" do país.

A Coreia do Norte lançou, hoje, múltiplos mísseis a partir das imediações da cidade costeira de Wonsan, no sudeste, que percorreram 200 quilómetros antes de cairem em águas do mar do Japão, segundo confirmaram os governos de Seul e Tóquio.

Ambos os países colaboram com os Estados Unidos no sentido de identificar os projéteis utilizados no lançamento, que acreditam ser mísseis de cruzeiro e não balísticos. A confirmar-se a suspeita, o ensaio não violaria as resoluções do Conselho de Segurança da ONU que pesam sobre a Coreia do Norte, as quais proíbem os lançamentos que usam tecnologia de mísseis balísticos.

Apesar de considerar que o mais recente lançamento de Pyongyang não representou uma ameaça para o Japão, por não ter caído em águas da sua Zona Económica Exclusiva - a última vez que tal sucedeu foi em 29 maio -, Tóquio destacou a insistência por parte do país vizinho na realização deste tipo de testes.

Desde o início do ano, a Coreia do Norte levou a cabo dez lançamentos de mísseis balísticos, atos "que não se podem permitir", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Fumio Kishida, em declarações reproduzidas pela emissora pública NHK.

Na sequência do ensaio norte-coreano de hoje, o Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, convocou, por seu turno, uma reunião do Conselho de Segurança Nacional para debater medidas contra este tipo de testes por parte do país vizinho.

Lusa