"Era Chanceler da República Federal da Alemanha aquando da adesão de Portugal à então Comunidade Económica Europeia, e podemos dizer que foi um amigo de Portugal e dos portugueses", refere Eduardo Ferro Rodrigues, numa nota enviada à agência Lusa.
Para o presidente do parlamento português, "a sua notável capacidade de liderança, revelada nos processos de construção europeia e de reunificação da Alemanha, vale-lhe um justo lugar na História".
O ex-chanceler alemão Helmut Kohl, o "pai" da reunificação alemã, morreu hoje aos 87 anos na sua casa de Ludwigshafen, sudoeste do país.
Helmut Kohl, o dirigente político germânico que mais tempo governou a República Federal, com quatro legislaturas, foi o artífice da reunificação alemã, após a queda do Muro de Berlim em 1989.
Estava afastado da vida pública desde 2008 e remetido a uma cadeira de rodas, após a queda numas escadas que lhe provocou um traumatismo cranioencefálico.
Kohl emergiu na política nacional alemã em 1976, quando se tornou no chefe da oposição e conquistou a chancelaria em 1982, após garantir a aprovação de uma moção de censura contra o então chefe do executivo, o social-democrata Helmut Schmidt.
Um ano depois foi confirmado pelas urnas no posto de chanceler, e manteve-se no cargo até 1998, quando foi derrotado pelo social-democrata Gerhard Schröder, que pela primeira vez se aliou aos Verdes para recuperar o governo da Alemanha.
Lusa