"As relações bilaterais estão afetadas por fatores negativos. (...) Esperamos que os Estados Unidos possam tratar corretamente as questões relativas a Taiwan, em conformidade com o princípio de uma só China", afirmou Xi Jinping, segundo a televisão estatal CCTV.
A administração Trump tinha suscitado a irritação de Pequim, ao autorizar, no final de junho, uma venda de armamento, incluindo bombas guiadas, mísseis e torpedos, por 1,3 mil milhões de dólares (1,1 mil milhões de euros) a Taiwan, uma ilha de facto independente, mas cuja soberania é reivindicada pela China.
Taiwan separou-se do resto da China no fim da guerra civil chinesa, em 1949. Entretanto, os chineses não reconhecem o seu Governo independente e consideram a ilha uma província da China.
A embaixada chinesa já havia reagido à questão, dizendo que a venda de armas para Taiwan "vai prejudicar a confiança mútua e a cooperação entre a China e os Estados Unidos".
O Presidente chinês, Xi Jinping, encontrou-se em abril com o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, na residência pessoal do bilionário republicano, na Florida. As relações bilaterais pareciam, desde então, ter reaquecido.
Entretanto, a "lua-de-mel" não durou muito, especialmente porque Trump mudou o tom em relação à China, na quinta-feira, devido à questão nuclear norte-coreana.
Trump anunciou, pela primeira vez, sanções contra um banco chinês acusado por Washington de realizar atividades ilícitas com a Coreia do Norte, que desenvolve um programa nuclear e ameaça constantemente os Estados Unidos.
Lusa