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Suspeitos do voo MH17 abatido por míssil na Ucrânia serão julgados na Holanda

Os presumíveis suspeitos do atentado que, em 2014 abateu com um míssil o voo MH17 da Malaysia Airlines, na Ucrânia, serão julgados na Holanda, de onde eram originárias a maioria das vítimas, anunciaram hoje as autoridades holandesas. O atentado matou 298 passageiros e membros da tripulação.

Suspeitos do voo MH17 abatido por míssil na Ucrânia serão julgados na Holanda
MAXIM ZMEYEV

A equipa de investigação conjunta (JIT na sigla em inglês) concluiu que o aparelho foi atingido por um míssil do tipo BUK de origem russa e disparado de uma zona de combate controlada pelos rebeldes ucranianos pró-russos.

Os investigadores identificaram uma centena de pessoas "que desempenharam um papel ativo no drama", mas nenhum suspeito foi detido até agora.

No entanto, a Bélgica, Austrália, Malásia, Holanda e Ucrânia, que participam na JIT, decidiram que eles serão julgados pela justiça holandesa.

Os cinco países "decidiram que os suspeitos deverão ser julgados na Holanda. O procedimento terá por base a cooperação e assistência internacionais em vigor", declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros holandês, Bert Koenders, num comunicado.

Reconheceu, no entanto, que a investigação é dificultada por "muita desinformação e tentativas de a desacreditar".

As vítimas eram originárias de 17 países, mas a maioria era da Holanda.

Os investigadores abstiveram-se de designar um culpado e nunca acusaram diretamente Moscovo por ter fornecido o míssil BUK e o seu sistema de transporte. O Governo russo sempre negou estar envolvido.

Os 298 passageiros e membros da tripulação morreram todos quando o Boeing 777 que fazia a ligação entre Amesterdão e Kuala Lumpur foi abatido por um míssil a 17 de julho de 2014 no leste da Ucrânia em guerra.

Com Lusa