"Estamos seriamente preocupados pelas acusações de detenções arbitrárias e o uso excessivo e indiscriminado da força no âmbito das manifestações, e ainda o recurso a tribunais para julgar os civis", referem em comunicado.
O apelo é designadamente emitido pelo presidente-relator do Grupo de trabalho sobre detenção arbitrária, o mexicano José Antonio Guevara Bermúdez, pelo
Relator especial sobre tortura, o suíço Nils Melzer, ou ainda pela Relatora sobre o direito de reunião pacífica, a italiana Annalisa Ciampi.
Os cinco responsáveis apelam ao respeito pelos direitos de todos os manifestantes e detidos e garantias para a sua integridade física e psicológica.
"Desde abril de 2017 terão sido detidas milhares de pessoas no decurso das manifestações. Em numerosos casos, os detidos são submetidos a um isolamento temporário, sem possibilidade de comunicar com os seus familiares ou advogados, antes de serem enviados perante um tribunal", segundo os peritos da ONU.
No comunicado, os cinco peritos indicam que pelo menos 400 manifestantes terão comparecido perante tribunais militares desde abril.
Segundo a organização não governamental venezuelana Foro Penal, vocacionada para a defesa dos detidos, 527 foram presentes a tribunais militares desde 01 de abril, com "diversos" a serem libertados.
Lusa