A categoria 5 é a mais elevada na escala de Saffir-Simpson, usada para medir os furacões formados no Atlântico e no norte do Pacífico. Segundo a BBC, a escala foi inventada em 1971 pelo engenheiro Herbert Saffir e o meteorologista Robert Simpson, que lideravam o Centro Nacional de Furacões (NRC) dos Estados Unidos da América.
Na categoria 5, inserem-se todos os furacões com ventos que ultrapassam os 250 quilómetros por hora. O NRC estima que os danos causados por um furacão desta categoria sejam "catastróficos" e que irão deixar a área "inabitável durante semanas ou até meses".
2017: Furacão Irma - 300km/h
A tempestade deixou um rasto de destruição nas Caraíbas e fez pelo menos 10 mortos, dezenas de feridos e muitas pessoas ficaram sem as suas casas.
No momento em que chegar ao estado norte-americano da Florida, a categoria do furacão pode vir a ser diminuída para 4, mas a escala dos danos pela passagem do Irma tem de ser conhecida antes da alteração.

2015: Furacão Patricia - 345km/h
O recordista é o furacão Patricia a atingir o oceano Pacifico com ventos de 345 quilómetros por hora. Contudo, quando atingiu os Estados Unidos da América, a tempestade já tinha perdido significativamente a sua intensidade.
2005: Furacão Wilma - 300km/h - Furacão Katrina 280km/h
O furacão Harvey atingiu o Texas no final de agosto de 2017, tornando-se na pior tempestade a atingir os Estados Unidos da América desde o Wilma, em 2005. O furacão Katrina aconteceu no mesmo ano e, apesar de fazer um maior número de mortos, os ventos do Wilma foram mais agressivos.
O Wilma atingiu a 20 de setembro a península do Iucatão, México, Haiti, Cuba e Florida. De 23 a 31 de agosto, o Katrina atingiu Cuba, Haiti, Bahamas, Nova Orleães, Alabana, Luisiana, entre muitos outros estados do sul dos Estados Unidos da América.
O Katrina alcançou a categoria 3 em terra e a categoria 5 no oceano Atlântico, enquanto o Wilma começou pela categoria 5 e quando atingiu Cuba já tinha diminuido para 4.
Katrina matou pelo menos 1.800 pessoas, a maior parte nas inundações do Luisiana. Wilma fez 23 mortos, que incluíam 12 pessoas no Haiti e cinco na Florida.
1992: Furacão Andrew - 267km/h
O governador da Florida, Rick Scott, disse que o Irma "podia vir a ser pior" que o Andrew. "A tempestade é maior, mais rápida e mais forte que o furacão Andrew", disse o governador, citado pela BBC.
O furacão de há 25 anos ficou na memória dos habitantes do estado norte-americano. Andrew fez 26 mortos e deixou cerca de 250 mil pessoas sem casa. Causou prejuízos no valor de 21 mil milhões e foram precisos anos até que algumas áreas afetadas voltassem ao normal.
Se o furacão Irma continuar com a mesma intensidade, será o primeiro de categoria 5 a atingir os Estados Unidos da América desde o Andrew.
1988: Furacão Gilbert - 300km/h
Gilbert atingiu a Jamaica, no dia 12 de setembro de 1988, como um furacão de categoria 3, devastando a ilha. Depois, atingiu o estado mexicano do Iucatão, com a intensidade a aumentar e a categoria a mudar para 5.
A categoria baixou para 2 quando atingiu o golfo do México, mas deixou para trás 316 vítimas mortais, a maior parte morta nas inundações.
1980: Furacão Allen - 305km/h
O Irma é apenas ultrapassado pelo furacão Allen, na intensidade do vento. Com a intensidade a aumentar quando chegou às Caraíbas, a tempestade fez 238 mortos nas Antilhas e seis em St. Lucia.
Os ventos chegaram aos 305 quilómetros por hora, no seu pico, atingindo o Texas com ventos de 205 quilómetros por hora.
1935: Furacão Labour Day (Dia do Trabalhador) - 300km/h
Este furacão aconteceu antes de ser instalado o sistema de medição das tempestades tropicais. Contudo, acredita-se que o Labour Day atingiu a categoria 5 quando chegou às Florida Keys, um arquipélago composto por cerca de 1700 ilhas no sudeste dos Estados Unidos da América, e ao próprio estado norte-americano.
Segundo o jornal inglês, 408 pessoas terão morrido, mais de metade terão perdido a vida num comboio, usado para evacuar várias ilhas nas Florida Keys, que acabou por descarrilar.