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Julian Assange naturalizado equatoriano

O Equador concedeu a cidadania a Julian Assange, fundador do WikiLeaks, refugiado na embaixada daquele país em Londres há mais de cinco anos, anunciou hoje a ministra dos Negócios Estrangeiros do Equador.

Julian Assange naturalizado equatoriano
Peter Nicholls / Reuters

O anúncio foi feito hoje pela chefe da diplomacia do Equador, Maria Fernanda Espinosa.

"Esta naturalização foi decidida a 12 de dezembro de 2017", declarou numa conferência de imprensa, explicando que Quito pediu de seguida a Londres que concedesse a Assange o estatuto diplomático, que foi recusado.

Suécia encerrou processo, EUA ainda querem Assange

Julian Assange refugiou-se na embaixada do Equador em Londres em junho de 2012 para escapar ao mandado de detenção europeu emitido pela Suécia, na sequência de acusações de violação, as quais sempre negou, alegando que as relações sexuais com a queixosa foram consentidas.

O mandado foi retirado em maio de 2017, depois de a procuradoria sueca ter anunciado o abandono do processo por violação contra o fundador do WikiLeaks, encerrando uma saga judicial que durava desde 2010.

Apesar da decisão da procuradoria sueca, Assange continuou na representação diplomática por receio de ser detido pelas autoridades britânicas e deportado para os Estados Unidos, onde pode ser julgado pela publicação de documentos militares e diplomáticos confidenciais.

O site WikiLeaks, lançado em 2006, tornou-se conhecido por divulgar vídeos do exército norte-americano em Bagdade, no Iraque, e depois por tornar públicos relatórios confidenciais das Forças Armadas norte-americanas sobre a guerra no Afeganistão e no Iraque.

No entanto, é com a divulgação, em finais de novembro de 2010, de milhares de telegramas diplomáticos norte-americanos que Julian Assange e o seu sítio na Internet se tornam definitivamente num alvo para a administração norte-americana.

Com Lusa