De acordo com os dados avançados pela cadeia de televisão norte-americana CNN, cerca de 80% dos clientes da Uber na Arábia Saudita são mulheres. Em relação à Careem, 70% das pessoas que procuram os serviços da empresa são do sexo feminino.
Numa sociedade em que as mulheres estão privadas de total independência de movimentos, a Uber e na Careem surgem como um passaporte para a livre circulação. Este deverá ser o principal motivo que está a levar estas empresas a pretender recrutar motoristas mulheres.
Atualmente, todos os motoristas são homens, a maioria de nacionalidade saudita. Após o anúncio das autoridade, em setembro do ano passado, de que as mulheres iriam passar a ter permissão para conduzir, as empresas encetaram diligências para recrutar e dar formação às mullheres interessadas nesta oportunidade de carreira.
A Uber começou por oferecer sessões de treino de 90 minutos nas cidades de Riade, Jeddah e Al Khobar para mulheres que já tivessem tirado a carta de condução no estrangeiro.
Apesar de ser proibido, muitas mulheres sauditas têm já habilitações para conduzir, adquiridas noutros países. A interdição de condução tem sido uma das grandes batalhas na luta pela emancipação feminina na Arábia Saudita.