Entre as baixas civis foram contabilizados pelo menos 1.642 menores e 1.005 mulheres, precisou a organização não-governamental (ONG) com sede em Londres.
Os ataques aéreos russos também causaram 4.767 baixas nas fileiras do grupo extremista Estado Islâmico (EI) e 4.359 baixas em fações rebeldes e islâmicas, entre elas o Organismo de Libertação do Levante, aliança formada a partir da ex-filial síria do grupo terrorista Al-Qaida.
A intervenção da Rússia no conflito sírio, iniciada a 30 de setembro de 2015, permitiu às forças governamentais do regime liderado por Bashar al-Assad recuperarem terreno que tinham perdido.
Atualmente, o exército sírio e os seus aliados controlam mais de 56,87% do território sírio, ou seja, mais de 105.172 quilómetros quadrados. Em finais de 2015, as forças de Damasco só controlavam 22% do território.
Numa mensagem enviada para a abertura do Congresso para o Diálogo Nacional Sírio, a decorrer esta semana em Sochi (sudeste da Rússia), o Presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que foram criadas condições na Síria para "virar a página trágica" do conflito.
"Pode-se considerar hoje que foram criadas as condições para virar a página trágica na história da Síria", assinalou Putin, numa mensagem que foi lida pelo ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov.
Este encontro na estância balnear russa de Sochi (costa do Mar Negro) promovido por Moscovo tem como objetivo encontrar uma saída para o conflito civil sírio que desde 2011 já provocou mais de 350.000 mortos, incluindo mais de 100 mil civis, e obrigou milhões a abandonarem as respetivas casas.
Lusa