Numa carta aberta enviada a Mark Zuckerberg, mais de 100 médicos, professores e especialistas em saúde infantil dos Estados Unidos alertaram que "as crianças não estão preparadas para ter contas nas redes sociais".
"Numa altura em que cresce o receio dos efeitos secundários das redes sociais nos adolescentes, é particularmente irresponsável encorajar as crianças do pré-escolar a usar o produto no Facebook", explica a carta, citada pelo The Guardian.
Lançada em dezembro, o Messenger Kids é uma aplicação para conversas em vídeo e mensagens escritas concebida para que as crianças possam contactar a família e os amigos autorizados pelos pais que controlam a lista de contactos. Não existem anúncios e o Facebook garantiu que os dados não seriam usados.
Contudo, o grupo "Commercial-Free Childhood" alertou para as consequências da utilização da aplicação, tais como o crescimento no índice de depressão, maus hábitos de sono e uma postura corporal errada das crianças.
O Facebook garantiu que a aplicação foi desenvolvida com a ajuda de especialistas de segurança online, mas isso não impede as críticas contra o Messenger Kids.
O grupo de especialistas acusa a empresa de usar a ferramenta como uma entrada para a rede social, aumentando assim a possibilidade de as crianças usarem o Facebook no futuro.