Tina Kaidanow disse aos jornalistas que uma vasta delegação dos EUA está a fazer "tudo o que pode" para encorajar os governos do sudeste asiático a comprar armamento ao país, como caças F-35.
Washington tem tentado a atrair países como o Vietname, outrora um inimigo, com a venda de armamento, numa altura em que uma política externa mais assertiva da China, que reclama a quase totalidade do mar do Sul da China, tem suscitado protestos dos países vizinhos.
Desde que o Presidente chinês, Xi Jinping, ascendeu ao poder, em 2012, Pequim construiu várias ilhas artificiais e ergueu instalações militares em recifes disputados pelo Vietname, Filipinas, Malásia, Brunei ou Taiwan.
Kaidanow classificou a transferência de uma embarcação norte-americana de guarda costeira para o Vietname, no ano passado, de "incrivelmente positiva". A responsável pela venda de armamento disse ainda, que na semana passada quando esteve em Hanói:
"Eles vão poder usar o nosso equipamento no domínio marítimo, para a sua segurança, é importante para eles"
A visita ocorreu poucos dias após o secretário de Defesa dos EUA, Jim Mattis, ter anunciado no Vietname planos para enviar um porta-aviões para o país, numa demonstração de "solidariedade".
Apesar da postura chinesa no Mar do Sul da China ter suscitado reclamações, Pequim tem também financiado e desenvolvido infraestruturas na região, como forma de assegurar aliados, e vendido armas a Manila, em apoio à controversa campanha antidrogas do Presidente filipino, Rodrigo Duterte.
Kaidanow disse ainda que reunirá com funcionários do Japão e outros países do sudeste asiático durante os próximos dias, argumentando que as nações da região devem comprar armamento norte-americano:
"não só por questões de segurança, mas também para manter o equilíbrio na região"
A diplomata norte-americana acrescentou que os EUA vão manter as suas operações de liberdade de navegação nas águas do Mar do Sul da China reclamadas por Pequim. Esta disse ainda:
"Iremos absolutamente manter o ritmo"
A China condena as operações de Washington na região como provocações "imprudentes", que aumentam os riscos de confrontos militares entre os dois países.
Lusa