1993
A 12 de março, a Coreia do Norte anuncia o abandono do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares, justificando a medida com "manobras" dos Estados Unidos e da Coreia do Sul, bem como com a intenção da Agência Internacional de Energia Atómica de inspecionar as instalações militares norte-coreanas.
Em junho, dá-se a primeira de três rondas negociais entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos. As reuniões, que evitaram a saída do país coreano do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares em troca de apoio energético, terminaram a 12 de agosto de 1994.
1994
A 21 de outubro, a Coreia do Norte e os Estados Unidos assinam um acordo em Genebra no qual Pyongyang permite a construção de dois reatores nucleares de água pressurizada, sem uso militar, por um consórcio multinacional, em detrimento da suspensão do programa nuclear.
1998
A 31 de agosto, e apesar de conversas entre os EUA e a Coreia do Norte para o abandono da produção e venda de mísseis, o regime coreano testa o primeiro míssil balístico de alcance intermédio.
2002
A 29 de janeiro, o então Presidente dos EUA, George W. Bush, inclui a Coreia do Norte no "eixo do mal", juntamente com o Irão e o Iraque, e exige aos três que abandonem os respetivos programas de produção de armas de destruição maciça.
2003
A 10 de janeiro, a Coreia do Norte anuncia às Nações Unidas o abandono do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares.
A 23 de abril, os Estados Unidos, a Coreia do Norte e a China realizam conversações em Pequim, nas quais Pyongyang admite, pela primeira vez, que possui armas nucleares. Em agosto, dá-se a primeira ronda das negociações que juntaram as Coreias, os EUA, a China, a Rússia e o Japão para conseguir a desnuclearização do regime de Pyongyang.
2005
A 10 de fevereiro, a Coreia do Norte anuncia que "produziu armas nucleares", sendo esta a primeira declaração pública do regime sobre o assunto.
2006
A 4 de julho, a Coreia do Norte lança vários mísseis balísticos, incluindo o Taepodong-2, o primeiro dispositivo intercontinental. A reação da ONU não tardou e, apenas 13 dias depois, as Nações Unidas aplicam as primeiras medidas sancionatórias ao país. A reação de Pyongiang acontece em outubro, altura em que o regime norte-coreano realiza um primeiro teste nuclear.
2007
A 3 de outubro, no âmbito das conversas começadas em agosto de 2003 com outros cinco países, a Coreia do Norte concorda em deixar que todas as instalações e programas nucleares sejam inventariados, avançando que iria fechar o centro de Yongbyon, a principal central atómica do país, em troca de uma tonelada de combustíveis fósseis.
2008
A 11 de outubro, os EUA retiram a Coreia do Norte da lista de países patrocinadores de terrorismo com a condição de o país permitir inspeções transparentes.
2009
A 25 de maio, a Coreia do Norte realiza o segundo teste nuclear, o que leva as Nações Unidas a aplicar novas sanções.
2011
A 19 de dezembro, o regime norte-coreano anuncia a morte do líder, Kim Jong-il, que será sucedido pelo filho, Kim Jong-un, atual Presidente.
2013
A 12 de fevereiro, a Coreia do Norte conduz um terceiro teste nuclear, o primeiro sob a liderança de Kim Jong-un. Três anos mais tarde, mais dois testes nucleares, bem como uma maior frequência de testes de mísseis balísticos.
2017
A 20 de janeiro, Donald Trump toma posse como Presidente dos EUA. O crescente número de testes militares norte-coreanos resulta numa escalada das ameaças entre Washington e Pyongyang.
Em setembro, a Coreia do Norte realiza um sexto - e, até à data, o mais poderoso - teste nuclear e assegura que a bomba H detonada pode ser equipada num míssil. Duas semanas depois, Trump ameaça "destruir totalmente a Coreia do Norte".
A resposta de Pyongyang chega a 28 de novembro, quando o regime norte-coreano lança o mais sofisticado míssil intercontinental até hoje - o Hwasong 15 - e afirma ser capaz de atacar os Estados Unidos com uma bomba atómica.
2018
A 9 de janeiro, representantes das Coreias reúnem-se pela primeira vez desde 2015 e acordam a participação da Coreia do Norte nos Jogos Olímpicos de inverno, que vão decorrer em solo sul-coreano.
Um mês depois, Kim Yo-jong, irmã do líder Kim Jong-un, lidera a delegação norte-coreana que, numa visita histórica, convidou o Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, a participar numa cimeira com o irmão.
Na passada segunda-feira, uma delegação sul-coreana viajou até ao norte, onde se reuniu com Kim Jong-un. No regresso, o grupo anuncia uma cimeira inter-Coreias e revela que Pyongyang está disponível para negociar a desnuclearização.
Esta quinta-feira, foi a vez da delegação da Coreia do Sul anunciar em Washington que Kim Jong-un está aberto à realização de um encontro com Trump, e que o Presidente norte-americano aceitou. Em maio deve acontecer este encontro, já considerado histórico por vários países e organizações.
Qual será o próximo passo desta relação oscilante entre Washington e Pyongyang?