"Por que razão decidiram que as autoridades russas, incluindo eu, deram permissão para tal coisa?", questionou o Presidente russo em entrevista à cadeia televisiva norte-americana NBC.
Putin não reagiu à acusação apresentada pelo procurador especial Robert Mueller, em fevereiro, que acusou 13 cidadãos e três empresas russas de interferir nas eleições dos EUA, desde o apoio a Donald Trump à "depreciação" de Hillary Clinton.
"Há 146 milhões de russos" e a ação isolada de alguns cidadãos "não representa os interesses do Estado russo", protestou o líder russo.
Sobre eventuais ataques de cidadãos russos à democracia norte-americana, Putin respondeu que não existem provas disso."Nós impusemos sanções contra os Estados Unidos? Os Estados Unidos impuseram-nos sanções", contestou, afirmando que na Rússia ninguém é julgado até que "tenha violado a lei".
"Alguém consegue acreditar que a Rússia, a milhares de quilómetros de distância, influenciou o resultado das eleições, isso não parece ridículo?", ironizou.
Os serviços secretos dos EUA já denunciaram a interferência russa na campanha eleitoral, mas Donald Trump rejeitou firmemente qualquer conluio com Moscovo.
Segundo a mesma fonte, continuam em marcha as tentativas russas de interferir na política dos EUA, o que pode constituir "uma ameaça" para as eleições parlamentares em novembro.
Lusa