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Putin desvaloriza alegada interferência russa nas eleições dos EUA

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse hoje não estar "minimamente preocupado" com a possível interferência de cidadãos russos nas eleições presidenciais dos EUA em 2016.

Putin desvaloriza alegada interferência russa nas eleições dos EUA
Maxim Shemetov

"Por que razão decidiram que as autoridades russas, incluindo eu, deram permissão para tal coisa?", questionou o Presidente russo em entrevista à cadeia televisiva norte-americana NBC.

Putin não reagiu à acusação apresentada pelo procurador especial Robert Mueller, em fevereiro, que acusou 13 cidadãos e três empresas russas de interferir nas eleições dos EUA, desde o apoio a Donald Trump à "depreciação" de Hillary Clinton.

"Há 146 milhões de russos" e a ação isolada de alguns cidadãos "não representa os interesses do Estado russo", protestou o líder russo.

Sobre eventuais ataques de cidadãos russos à democracia norte-americana, Putin respondeu que não existem provas disso."Nós impusemos sanções contra os Estados Unidos? Os Estados Unidos impuseram-nos sanções", contestou, afirmando que na Rússia ninguém é julgado até que "tenha violado a lei".

"Alguém consegue acreditar que a Rússia, a milhares de quilómetros de distância, influenciou o resultado das eleições, isso não parece ridículo?", ironizou.

Os serviços secretos dos EUA já denunciaram a interferência russa na campanha eleitoral, mas Donald Trump rejeitou firmemente qualquer conluio com Moscovo.

Segundo a mesma fonte, continuam em marcha as tentativas russas de interferir na política dos EUA, o que pode constituir "uma ameaça" para as eleições parlamentares em novembro.

Lusa