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Coreia do Sul e EUA reduzem exercícios militares

A Coreia do Sul e os Estados Unidos vão reduzir o alcance dos exercícios militares anuais conjuntos devido à diminuição da tensão diplomática com a Coreia do Norte, anunciou esta sexta-feira a agência sul-coreana Yonhap.

Coreia do Sul e EUA reduzem exercícios militares
Kim Hong-Ji

Citando uma fonte militar, a agência refere que os exercícios, que juntam milhares de militares, começam no início de abril mas, ao invés de terem a duração de dois meses, vão apenas decorrer num.

Armas estratégicas norte-americanas, como os bombardeiros B-1B e grupos navais de ataque, que são colocados na península coreana nos momentos de tensão política, não vão participar, desta vez, nas manobras militares, acrescenta Yonhap, segundo a France Press.

Em 20 de fevereiro, Seul assegurou que iria realizar os exercícios militares conjuntos anuais com os Estados Unidos da América uma vez concluídos os Jogos Olímpicos de Inverno, apesar da aproximação com a Coreia do Norte. Seul e Washington adiaram as manobras militares de Foal Eagle e Key Resolve, habitualmente realizadas entre o fim de fevereiro e o início de março, que a Coreia do Norte considera um ensaio para invadir o seu território, devido à realização dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Inverno na vizinha Coreia do Sul.

O general Vincent Brooks, que lidera o contingente norte-americano de 28 mil efetivos em solo sul-coreano, garantiu, também, numa comissão parlamentar, que Washington e Seul realizarão "uma vez por ano" o treino, independentemente da aproximação entre as duas Coreias. Na sequência da reaproximação iniciada com os Jogos Olímpicos de Inverno na Coreia do Sul, uma delegação deste país esteve com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, a semana passada.

O conselheiro para a segurança da presidência sul-coreana, Chung Eui-yong, que dirigia a delegação, divulgou depois que Pyongyang aceitou suspender os ensaios nucleares e balísticos se houver conversações com os Estados Unidos sobre o programa nuclear.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, aceitou a proposta de diálogo, que irá decorrer em local e data ainda por determinar.O encontro será o primeiro da história entre líderes dos Estados Unidos e da Coreia do Norte.

Nos últimos meses, Trump e o líder norte-coreano têm estado envolvidos numa escalada de retórica que progressivamente ficou mais violenta e bélica, com ambos a lançarem ameaças de um potencial ataque nuclear.Seul também anunciou uma cimeira entre as duas Coreias para o final de abril.

Lusa