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Munição que matou ativista Marielle Franco era da Polícia Federal

A munição usada para matar a vereadora do Município do Rio de Janeiro, Marielle Franco, esta quarta-feira à noite, pertence a um lote vendido à Polícia Federal de Brasília, em 2006, revela o jornal "O Globo".

Munição que matou ativista Marielle Franco era da Polícia Federal
Marcelo Sayao

Marielle Franco, vereadora no Município do Rio de Janeiro, pelo PSOL, Partido Socialismo e Liberdade, foi morta a tiros na noite desta quarta-feira, 14 de março, no bairro do Estácio, na cidade do Rio de Janeiro.

Marielle Franco era uma das principais vozes na defesa dos direitos das mulheres negras no Brasil.

Ontem, milhares de brasileiros saíram à rua em protesto contra o assassinato da vereadora de 38 anos. Entre homenagens e manifestações, os brasileiros juntam-se contra a atuação das autoridades.

Esta sexta-feira, uma perícia da Divisão de Homicídios revelou que a munição utilizada para matar Marielle é do lote UZZ-18, que pertence à Polícia Federal de Brasília.

As polícias Civil e Federal informaram que vão dar início a uma operação conjunta para investigar de que forma o material foi desviado.

De acordo com a TV Globo, os lotes de munições foram vendidos à Polícia Federal no dia 29 de dezembro de 2006, pela empresa CBC.

As autoridades descobriram ainda que foram disparados 13 tiros contra o carro onde seguia Marielle Franco, o seu motorista e a assessora. Nove tiros atingiram a chapa e os restantes atingiram o vidro. O motorista também não resistiu ao ferimento das balas.

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