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Ex-espião russo envenenado está "a melhorar rapidamente"

Os médicos do hospital de Salisbury (sul de Inglaterra) afirmaram esta sexta-feira que o ex-espião russo Serguei Skripal está "a melhorar rapidamente" e saiu do "estado crítico", um mês depois de ter sido envenenado com um agente neurológico.

Ex-espião russo envenenado está "a melhorar rapidamente"
Toby Melville

A doutora Christine Blanshard, a diretora médica do Hospital Distrital de Salisbury, disse que o ex-espião russo, de 66 anos, "está a reagir bem ao tratamento, melhorando rapidamente e já não está em estado crítico".Skripal e a sua filha Yulia estão hospitalizados desde que foram encontrados, inconscientes, num banco público em Salisbury, a 4 de março.

As autoridades britânicas afirmam que ambos foram expostos a um agente neurológico gasoso, de nível militar, e atribuem à Rússia a responsabilidade pelo ataque. A Rússia nega qualquer responsabilidade pelo envenenamento. O hospital afirma que Yulia Skripal, de 33 anos, está consciente e em condição estável.

A televisão pública russa difundiu na quinta-feira um registo áudio apresentado como uma conversa telefónica entre Yulia Skripal e a sua prima Viktoria. Os apresentadores do programa afirmam ter obtido este registo através de Viktoria Skripal, mas reconheceram não poder comprovar a sua autenticidade.

Na breve conversa em russo - difundida na edição do programa "60 minutos", na cadeia televisiva Rossiya 1 - a mulher apresentada como Yulia Skripal exprime-se de forma muito desenvolta, afirmando que ela e o seu pai estão em fase de recuperação e que poderá deixar o hospital em breve.

"Está tudo bem, tudo pode ser resolvido, estamos todos vivos e em restabelecimento", declara a voz apresentada como Yulia, acrescentando que o seu pai "está a preparar-se para descansar, para dormir".

O envenenamento do ex-espião duplo russo Serguei Skripal e de sua filha em 4 de março, em solo britânico, provocou uma das piores crises nas relações entre a Rússia e o ocidente desde a Guerra fria e conduziu a uma vaga histórica de expulsões recíprocas de diplomatas.

Lusa