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Erdogan manifesta a Putin preocupação sobre alegado ataque químico em Douma

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, manifestou hoje ao homólogo russo, Vladimir Putin, a sua preocupação pelos ataques conduzidos em Douma, na região síria de Ghouta, no decurso de um contacto telefónico após um presumível ataque químico atribuído ao regime sírio.

Erdogan manifesta a Putin preocupação sobre alegado ataque químico em Douma
Burhan Ozbilici

"O Presidente Erdogan exprimiu a sua preocupação a propósito dos ataques contra Douma e a Ghouta oriental", afirmou uma fonte da presidência turca.

Um presumível ataque químico a Douma, última bolsa rebelde na região de Ghouta oriental nos arredores de Damasco, causou no sábado 48 mortos, segundo os "Capacetes Brancos", uma organização dedicada ao resgate de vítimas das zonas sob controlo dos rebeldes.

Os "Capacetes Brancos" e a organização Sociedade Médica Síria-Americana atribuíram no domingo a responsabilidade pelo ataque às forças leais ao presidente Bashar al-Assad, o que é contestado pela Rússia, que disse hoje que não encontrou "nenhum vestígio" de produtos químicos em Douma.

Em paralelo, o líder de Ancara insistiu na importância de Turquia e Rússia "trabalharem em conjunto para impedir a morte de civis e permitir o acesso humanitário", segundo a mesma fonte.

A Rússia, principal apoio de Bashar al-Assad, e a Turquia, que tem ajudado grupos rebeldes, cooperam estreitamente na questão da Síria e na busca de uma solução político para um sangrento conflito que se prolonga desde 2011.

A discussão entre os dois dirigentes ocorreu após afirmações de grupos de socorristas, não confirmadas por fontes independentes, sobre um presumível ataque com "gases tóxicos" em Douma, a última bolsa rebeldes perto de Damasco e que o regime pretende recuperar para concluir a sua conquista de Ghouta oriental.

Especialistas russos enviados para Douma não detetaram "qualquer vestígio" de substância química, assegurou hoje o chefe da diplomacia, Serguei Lavrov, enquanto a Organização para a proibição de armas químicas anunciou a abertura de um inquérito.

Lusa