Mundo

Britânico envenenado com novichok já não está em estado crítico

O britânico Charlie Rowley, de 45 anos, exposto ao agente neurotóxico novichok, "já não está em estado crítico", anunciou hoje o hospital de Salisbury (sudoeste de Inglaterra) onde o homem está a ser tratado desde 30 de junho.

Britânico envenenado com novichok já não está em estado crítico
Henry Nicholls

"Já não está em estado crítico. O seu estado é grave, mas estável", declarou Lorna Wilkinson, diretora dos cuidados de enfermagem do hospital, num comunicado.

O estabelecimento de saúde tinha anunciado na terça-feira que o paciente tinha recuperado a consciência.

"Charlie Rowley melhorou durante a noite", precisou Wilkinson, adiantando que os "progressos constatados (...) encorajam o otimismo".

Num comunicado distinto, a polícia disse ter falado com o homem "brevemente" e que "prevê falar com ele novamente nos próximos dias".

A companheira de Charlie Rowley, Dawn Sturgess, também envenenada com novichok, morreu no domingo após oito dias hospitalizada. A morte levou à abertura de um inquérito por homicídio.

A principal hipótese da polícia é que o veneno está ligado ao ataque realizado com o mesmo poderoso agente neurotóxico no início de março contra o ex-espião russo Serguei Skripal e a sua filha Yulia em Salisbury.

Hospitalizados em estado crítico, Yulia e Serguei Skripal deixaram o hospital após várias semanas de cuidados médicos.

O Reino Unido mantém que o ataque contra os Skripal foi ordenado pelo Governo russo, uma acusação que continua a ser recusada por representantes do Presidente da Rússia, Vladimir Putin.

O caso Skripal provocou uma crise diplomática que se traduziu numa ação coordenada inédita para a expulsão de diplomatas russos de vários países ocidentais, incluindo os Estados Unidos e dois terços dos países membros da União Europeia (UE), a que a Rússia respondeu com a expulsão de diplomatas ocidentais.

Lusa