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Candidato presidencial brasileiro promete indultar Lula ser for eleito

O candidato às presidenciais de outubro no Brasil Guilherme Boulos prometeu que se for eleito indultará o ex-Presidente Lula da Silva, que cumpre desde abril uma pena de prisão de 12 anos e um mês por corrupção.

Candidato presidencial brasileiro promete indultar Lula ser for eleito
Paulo Whitaker

Guilherme Boulos, que lidera o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), fez a promessa numa entrevista transmitida quinta-feira pela rede de televisão Record e acrescentou que o perdão é um dispositivo da Constituição brasileira que serve "para corrigir erros da Justiça".

"O caso do ex-Presidente Lula [da Silva], do meu ponto de vista, é um caso de condenação injusta. Então, sim, vou dar o perdão", disse o candidato do Partido Socialismo e Liberdade (Psol).Boulos, a quem as pesquisas dão apenas 1% das intenções de voto, citou como exemplo os EUA onde "alguém que está no corredor da morte e se descobriu que foi injustamente condenado" pode ser perdoado pelo Presidente.

Lula da Silva, que também é um candidato às eleições Presidenciais do Brasil, apesar de ser praticamente inelegível, cumpre uma sentença de 12 anos e um mês por corrupção passiva e branqueamento de capitais desde 7 de abril.

O ex-Presidente foi condenado num caso relacionado com um apartamento de luxo na cidade brasileira de Guarujá, supostamente dado a ele como suborno pela construtora OAS em troca de favores em contratos com a empresa petrolífera estatal Petrobras, descoberto pelos investigadores da Operação Lava Jato.

No entanto, o ex-Presidente diz ser inocente, tenciona voltar ao Governo do Brasil e pediu o registo de sua candidatura pelo Partido dos Trabalhadores (PT) apesar de estar a cumprir pena de prisão efetiva.

De acordo com a lei eleitoral brasileira, arguidos condenados em segunda instância, como é o caso de Lula da Silva, são impedidos de concorrer a qualquer cargo eletivo, embora a decisão final caiba ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que deve decidir este caso nas próximas semanas.

Lusa