Mundo

Rússia diz ter provas de que Ucrânia fez cair avião malaio em 2014

A Rússia disse esta segunda-feira ter provas de que a Ucrânia foi a responsável pela queda do avião da Malaysia Airlines, voo MH17, em 2014, numa região controlada pelos separatistas pró-russos, que matou os seus 298 ocupantes.

Rússia diz ter provas de que Ucrânia fez cair avião malaio em 2014
MAXIM ZMEYEV

"Temos gravações das conversas telefónicas de militares ucranianos feitas em 2016 e a sua análise corrobora as conclusões sobre a implicação direta da parte ucraniana na queda do Boeing malaio", declarou à imprensa o porta-voz do Ministério da Defesa russo, o general Igor Konashenkov.

Adiantou que Kiev é responsável, não apenas pela tragédia, mas também pela "manipulação da investigação internacional".

A Equipa Conjunta de Investigação formada após o desastre indicou que o sistema de mísseis antiaéreos que derrubou o avião malaio pertencia a uma unidade militar russa, que o deslocou de Kursk (Rússia) para Donetsk (Ucrânia) um mês antes do ataque.

Segundo os militares russos, o míssil com que o avião foi atingido quando sobrevoava o território da Ucrânia foi entregue a Kiev em 1986 e em 2014 estava ao serviço da unidade ucraniana número 223 que participava na operação contra as milícias separatistas no leste do país.

A Defesa russa disse que o vídeo da suposta transferência do míssil é "uma montagem animada de uma fotografia".Konashenkov declarou-se esperançado de que os investigadores internacionais vão ter em conta as provas apresentadas esta segunda-feira pela Rússia e que "não duvidarão da sua autenticidade".

Toda a informação sobre o alegado envolvimento da Ucrânia na queda do avião será divulgada em breve na página da Internet do Ministério da Defesa da Rússia, segundo os militares russos.

A 17 de julho de 2014, 298 passageiros e tripulantes de um voo da Malaysia Airlines, que fazia a ligação entre Amesterdão e Kuala Lumpur, morreram depois do avião em que viajavam ter sido atingido por um míssil terra-ar disparado da zona leste da Ucrânia controlada por separatistas pró-russos.

Lusa