"Temos todos as mesmas preocupações e temos todos um sentido de urgência de tentar reabrir essa perspetiva política para o país", acrescentou a Alta Representante para a Política Externa da EU.
Mogherini falava numa conferência de imprensa conjunta com o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, a quem agradeceu a partilha do conhecimento que Portugal tem da situação na Venezuela.
"Ter podido discutir isto contigo hoje e com o primeiro-ministro [Notes:António Costa] ontem [Notes:segunda-feira] e também com o ministro espanhol, em Barcelona, é uma excelente preparação para esta discussão de segunda-feira", disse."Faremos o melhor uso possível do profundo conhecimento e compreensão que Portugal tem do país", acrescentou.
A Venezuela atravessa uma grave crise económica marcada por uma acentuada recessão, hiperinflação e escassez de alimentos, medicamentos e outros produtos básicos, o que provocou um êxodo maciço de venezuelanos.
O país vive igualmente uma crise política e de direitos humanos, com as organizações internacionais a denunciarem prisões políticas, execuções extrajudiciais, tortura, limitações à liberdade de expressão e de imprensa e julgamento de civis por tribunais militares.
A Comissão Europeia anunciou em junho um pacote de ajuda humanitária de emergência de 35,1 milhões de euros para o povo venezuelano e para os países vizinhos, que estão a acolher centenas de milhares de venezuelanos que fogem da crise no seu país.
A UE mantém ainda sanções contra 18 altos cargos venezuelanos por violações dos direitos humanos e atividades contrárias à democracia e ao Estado de direito, além do embargo a armas e um veto a material que possa ser utilizado para "repressão interna".
Lusa