"Fiquei muito satisfeito com a recuperação que a Petrobrás teve, graças à gestão altamente profissional da equipa que está lá", disse Mourão, durante uma visita que efetuou esta sexta-feira à sede da empresa, no Rio de Janeiro, acrescentando que "não é necessário que seja alguém do meio militar" para assumir o comando da empresa estatal.
A pedido do Presidente eleito, Jair Bolsonaro, Mourão reuniu-se com o presidente da empresa, Ivan Monteiro, e com a restante direção, tendo elogiado o trabalho da equipa.
"Eles fizeram um trabalho fantástico, em três anos, de recuperar toda a 'lambança' que foi feita na empresa", afirmou o general.
Questionado acerca de uma possível necessidade de investigar a existência de corrupção na empresa, o general Mourão foi taxativo: "Não tem. Eles mudaram toda a estrutura. Era uma estrutura compartimentada. Cada diretor fazia o que bem entendia. Agora, não. Agora a empresa está toda na regra moderna de governança, com tudo a passar pelo conselho de administração", assegurou Mourão, citado pelo jornal Estadão.
De acordo com o futuro vice-Presidente do Brasil, a Petrobrás "adquiriu solidez e está com projetos muito consistentes", acrescentando que "a empresa passou por um processo severíssimo de saneamento, mas extremamente profissional".
O general Mourão não revelou os possíveis nomes para a liderança da petrolífera, reiterando que será o futuro Presidente da República quem decidirá, assim como será Bolsonaro a indicar o novo ministro das Minas e Energia, ministério que tutela a empresa.
Aldemir Bendine, o executivo que presidiu à Petrobrás entre 2015 e 2016, foi acusado pelo Ministério Público Federal de receber cerca de três milhões de reais (740 mil euros) em subornos da empresa Odebrecht, para facilitar contratos entre a estatal petrolífera e a construção, tendo sido condenado a 11 anos de prisão por corrupção.
A sentença foi proferida pelo juiz Sergio Moro, responsável pelos julgamento da Operação Lava Jato em primeira instância, e que será o futuro ministro da Justiça do Governo de Jair Bolsoanro.
Lusa