O Governo disse esta quinta-feira não ter registo, até ao momento, de cidadãos portugueses afetados pela passagem do ciclone Kenneth, em Moçambique, adiantando que está a acompanhar a situação através do consulado de Portugal na Beira.
Em declarações à agência Lusa, fonte do gabinete do Secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, disse que os cerca de 120 portugueses registados na província de Cabo Delgado, a mais afetada pelo ciclone Kenneth, pertencem à área de jurisdição do Consulado Geral de Portugal na Beira.
"Até ao momento não há qualquer informação de vítimas portuguesas a lamentar", disse a mesma fonte, acrescentando que também "não foi reportado nenhum cidadão ferido nem com estragos materiais nas suas propriedades ou bens".
O ciclone Kenneth chegou ao Norte de Moçambique classificado com a categoria quatro, a segunda mais grave, com ventos contínuos de 225 quilómetros por hora e rajadas de 270 quilómetros por hora, anunciou hoje o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitário (OCHA).
De acordo com as autoridades locais, o ciclone provocou pelo menos um morto.Apesar de já ter perdido força, continua a provocar chuvas intensas na região e há elevado risco de cheias e deslizamento de terras.
Segundo o Governo moçambicano, há pelo menos 36 mil pessoas acolhidas em centros de abrigo.
Moçambique volta a ser atingido por um ciclone, depois do impacto do Idai, em 14 de março, que provocou pelo menos 603 mortos.
Lusa