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Até 2038, a Alemanha comprometeu-se a reduzir em 60% as emissões de dióxido de carbono, colocando-as a níveis de 1990.
O plano que prevê encerrar todas as 84 centrais termoelétricas a carvão do país até 2038 já está em marcha, com a entrega simbólica do último pedaço de carvão extraído da mina de Prosper-Haniel, em Bottrop, ao Presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier.
O acordo que coloca um dos maiores consumidores de carvão do mundo na liderança das energias limpas foi alcançado após uma maratona de 21 horas de negociações no Ministério da Economia alemão.
"É uma conquista histórica. Em 2013 não haverá instalações a queimar carvão na Alemanha até 2030" afirmou Ronald Pofalla, o líder da comissão governamental de 28 membros, após a reunião que durou quase um dia e terminou às 6h00 de um sábado.
O plano tem 3 fases que ayé podem ser antecipadas e culmina com o encerramento de todas as 84 centrais termoelétricas a carvão em menos de uma década que ainda produzem cerca de um terço da eletricidade na Alemanha.
Para suportar o setor neste período transitório, o Governo alemão prevê financiamento. Pelo menos 220 milhões de euros por ano para garantir que os contribuintes não serão chamados a pagar (diretamente) esta transformação energética da maior economia da União Europeia e uma das mais importantes do mundo.
Início do fim de uma atividade com 700 anos na Alemanha
Desde o ano 1300 que há referências à existência de minas de carvão na região do rio Ruhr e, um pouco mais tarde, na do rio Sarre que se tornou no principal centro industrial da Alemanha até hoje.
Em 1853, mais de dois milhões de toneladas de carvão foram extraídas na região do Ruhr mas já no pós guerra, entre 1960 a 1980, o número de minas de carvão na Alemanha caiu de 146 para apenas 39.
Em 2000, havia apenas 12 minas de carvão em funcionamento, as últimas nas cidades de Bottrop e Ibbenbüren.
A produção nacional caiu de quase 150 milhões de toneladas de carvão em 1957 para 7,6 milhões de toneladas em 2014.