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Manifestações no Chile provocam pelo menos 15 mortos

Protestos violentos no Chile duram há cinco dias.

Manifestações no Chile provocam pelo menos 15 mortos
Ivan Alvarado

Pelo menos 15 pessoas morreram, incluindo 11 na região da capital e quatro no resto do país, nos protestos violentos que abalam o Chile, segundo um novo balanço anunciado esta terça-feira pelo Governo.

"Temos um total de 15 mortes no país, incluindo 11 na região de Santiago, que ocorreram durante incêndios e pilhagens principalmente em centros comerciais", indicou o subsecretário do Interior, Rodrigo Ubilla, à imprensa.

Entre as vítimas mortais fora da capital, três foram baleadas, acrescentou Ubilla.

O anterior balanço, apontava, segundo as autoridades, para pelo menos 13 mortos.

Os protestos, que se espalharam por diversas cidades do país, com barricadas, incêndios e pilhagens, já deixaram feridos 239 civis e cerca de 50 polícias e militares, tendo ainda levado a 2.643 detenções.

Na noite de segunda-feira, o Instituto Nacional de Direitos Humanos (INDH), um organismo público independente, indicou que, entre os feridos, 84 foram baleados.

O Presidente chileno, Sebastián Piñera, afirmou no domingo que o país estava "em guerra" contra os "criminosos" responsáveis pelos protestos violentos que causaram vítimas mortais e que levaram o Governo a decretar o estado de emergência na capital.

As manifestações decorrem desde sexta-feira em protesto contra um aumento (entre 800 e 830 pesos, cerca de 1,04 euros) do preço dos bilhetes de metro em Santiago, que possui a rede mais longa (140 quilómetros) e mais moderna da América do sul, e que transporta diariamente cerca de três milhões de passageiros.

Os cerca de 7,5 milhões de habitantes de Santiago passaram a terceira noite sob recolher obrigatório das 20:00 (00:00 de Lisboa) às 06:00 (10:00 em Lisboa).

Lusa