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Líderes da Turquia, Alemanha, França e Reino Unido debatem situação na Síria

A intervenção militar unilateral da Turquia tem sido motivo de tensões entre os Estados-membros da organização.

A situação na Síria vai estar no centro de uma reunião entre os chefes de Estado e de governo da Turquia, Alemanha, Reino Unido e França, que decorre hoje em Londres antes do início da cimeira da NATO.

A porta-voz do Governo alemão, Ulrike Demmer, anunciou na sexta-feira que a chanceler Angela Merkel vai reunir-se com o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, o seu homólogo francês Emmanuel Macron e o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson logo após a sua chegada a Londres.

A intervenção militar unilateral da Turquia, país membro da NATO, tem sido motivo de tensões entre os Estados-membros da organização.

Este encontro quadripartido ocorre alguns dias após as acusações mútuas entre Erdogan e Macron, relacionadas com a situação na Síria e que exacerbaram as tensões entre os aliados da NATO.

Na sexta-feira, em resposta a uma afirmação do chefe de Estado francês, Erdogan considerou que Macron se encontrava em estado de "morte cerebral. No início de novembro, em entrevista à revista semanal britânica The Economist, o Presidente francês definiu a NATO em estado de "morte cerebral", uma declaração que abalou a aliança militar.

Nas suas declarações, Macron lamentou a ausência de coordenação entre os Estados Unidos e a Europa e criticou o comportamento unilateral da Turquia -- membro da Aliança Atlântica -- na Síria, na sequência da ofensiva militar de Ancara, e de grupos aliados locais, contra uma milícia curda apoiada pelos países ocidentais.

A reunião dos líderes da Aliança Atlântica, na qual Portugal está representado pelo primeiro-ministro António Costa, inicia-se terça-feira e prolonga-se até quarta-feira, na capital britânica.

Erdogan ameaça bloquear plano da NATO se milícia curda não for considerada terrorista

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, alertou que continuará a bloquear um plano da NATO para reforço da defesa dos países bálticos e da Polónia até que a aliança reconheça como "terrorista" uma milícia curda YPG combatida por Ancara.

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