As autoridades indianas demoliram dois edifícios de apartamentos de luxo cuja construção violou “regras ambientais”. O Supremo Tribunal do país ordenou a demolição no ano passado, depois de um comité de avaliação ter concluído que os complexos de luxo quebravam as regras de proteção da orla costeira.
Os moradores dos arranha-céus viram as suas habitações serem destruídas em segundos. Para domingo estão agendadas mais duas demolições. No total, 343 apartamentos - onde habitavam cerca de duas mil pessoas - serão destruídos no que está a ser descrita como a maior demolição na Índia de edifícios residenciais.
Um dos residentes, Shamshudeen Karunagapally, contou à agência France Press que a mulher e os filhos foram incapazes de assistir à demolição por ser “demasiado doloroso verem os seus sonhos destruídos”.
“Estamos a sofrer sem culpa nenhuma”, contou.
A Kerala Coastal Zone Management Authority (KCZMA), criada para prevenir a degradação da zona costeira, explica que as permissões para a construção dos edifícios foram concedidas pelas autoridades locais sem a sua aprovação.
Explica ainda que o local onde foram edificados, no município de Maradu, é uma área “criticamente vulnerável” onde não é permitida construção.
Entre os moradores destes edifícios estão banqueiros, executivos e reformados. Serão agora compensados em cerca de 31 mil euros.