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Governo português sugere "acordo negociado" entre Israel e Palestina para resolver conflito

Em reação ao plano de paz para o Médio Oriente apresentado por Trump.

Governo português sugere "acordo negociado" entre Israel e Palestina para resolver conflito
Ibraheem Abu Mustafa

O Governo português considera que "a única forma de resolver o conflito israelo-palestiniano" parece ser um "acordo negociado entre as partes", num comunicado divulgado esta quarta-feira em reação ao plano de paz para o Médio Oriente desenhado pelos Estados Unidos.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, apresentou terça-feira um plano de paz para o conflito israelo-palestiniano que foi muito apreciado por Israel, mas que foi imediatamente rejeitado pelas autoridades palestinianas, que condenaram não terem sido envolvidas na sua negociação.

No comunicado divulgado esta quarta-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros português diz que tomou nota do plano de paz norte-americano e que reconhece que ele "constitui uma oportunidade para o relançamento das negociações com vista à resolução do conflito israelo-palestiniano".

O Governo português considera, contudo, que lhe parece que a única forma de resolver esse conflito é "através de um acordo negociado entre as partes", reafirmando a sua "disponibilidade para contribuir para o processo de paz no Médio Oriente".

Na nota divulgada pelo ministério dos Negócios Estrangeiros, lembra ainda o compromisso de Portugal com a "solução dos dois Estados", que o plano de paz apresentado por Donald Trump reitera, e diz que ambas as partes devem dispor "das necessárias garantias de segurança e exercício de soberania.

A proposta norte-americana anuncia Jerusalém como "a capital indivisível de Israel" e propõe que a Palestina situe a sua capital em Jerusalém Oriental, como "estado desmilitarizado" que viva "em paz ao lado de Israel".

No comunicado, o Governo português diz estar alinhado com as posições da União Europeia e diz que ambos os estados, israelita e palestiniano, têm "direito a ter Jerusalém como sua capital".

Na terça-feira, o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, disse que o plano do Presidente norte-americano permitia "relançar esforços urgentemente necessários" para a negociação entre israelitas e palestinianos, lembrando o seu compromisso de encontrar uma solução que tenha em conta "as aspirações legítimas" de palestinianos e israelitas.