O Governo libanês demitiu-se em bloco, abrindo caminho a eleições antecipadas. De acordo com documentos a que a agência Reuters teve acesso, em julho, o presidente e o primeiro-ministro foram alertados para o risco que o armazenamento de quase três mil toneladas de nitrato de amónio representava para a segurança da capital.
O último balanço de vítimas aponta para 163 mortos, mais de 6 mil feridos e 300 mil desalojados. Reconstruir a cidade - e as muitas vidas tocadas pela explosão - parece por enquanto uma impossibilidade, sobretudo num país falido e com um governo demissionário.
A explosão que desfigurou o porto de Beirute, impedindo o abastecimento de alimentos, destruíu também o silo onde estavam armazenadas toneladas de cereais.
As Nações Unidas anunciaram entretanto que nas próximas duas semanas vão enviar para Beirute mais de 17 mil toneladas de farinha, para que o Líbano não fique sem pão.
