A Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU pediu ao Governo brasileiro para agir contra o racismo estrutural que afeta o país. Em causa está o assassinato de um cliente negro por seguranças de um supermercado.
A Polícia brasileira está a investigar o assassinato de João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, que foi espancado até à morte por dois seguranças num supermercado Carrefour, na cidade de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul.
O caso, que aconteceu na véspera do Dia da Consciência Negra no Brasil, gerou uma série de manifestações em diversas cidades e em lojas da mesma rede de supermercados.
Várias autoridades têm repudiado o espancamento, mas o Governo brasileiro nega a existência de racismo no Brasil. O Presidente Bolsonaro aproveitou a reunião com o G20, que reúne as maiores economias do mundo, para deixar críticas às manifestações contra o racismo e a violência policial.
A porta-voz do Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU afirmou que é responsabilidade do Governo brasileiro reconhecer a existência de racismo no país de forma a poder combater o problema. Ravina Shamdasani pediu ainda uma investigação independente e transparente ao caso da morte de João Freitas.
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