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Novas estirpes de peste suína apontam para vacinas ilícitas

Duas novas estirpes já infetaram cerca de mil porcos na China.

Novas estirpes de peste suína apontam para vacinas ilícitas
Michaela Rehle

Uma nova forma de peste suína africana identificada nas quintas de suínos da China é, provavelmente, causada por vacinas ilícitas, dizem os especialistas da indústria.

Duas novas estirpes de peste suína africana infetaram mais de 1.000 porcos em várias quintas da New Hope Liuhe, o quarto maior produtor da China.

Embora as estirpes não matem os porcos como a doença que devastou a produção na China em 2018 e 2019, causam uma doença crónica que reduz o número de leitões saudáveis ​​nascidos, disse YanZhichun, diretor de ciências da New Hope Liuhe, à Reuters. Para já as infeções conhecidas estão limitadas, mas aumenta o receio de se propagarem.

Há dois anos, a peste suína destruiu quase metade da população de porcos na China. Os preços da carne de porco ainda estão em níveis recorde e a China está sob pressão para fortalecer a segurança alimentar devido à pandemia de covid-19.

"Não sei de onde vêm, mas encontramos algumas infeções moderadas causadas por algum tipo de vírus com exclusão de genes", disse Yan.

Não existe uma vacina para a peste suína africana - que não é prejudicial aos seres humanos. Porém, muitos agricultores chineses que lutam para proteger a criação de porcos recorreram a produtos não aprovados, revelam especialistas da indústria, que temem que as vacinas ilícitas tenham criado infeções acidentais que agora se estão a propagar.