Três dias depois do golpe de estado que mantém Aung San Suu Kyi detida, a polícia de Myanmar fez uma primeira acusação à líder do país. A população do país protesta de forma pacífica e pede ajuda à comunidade internacional.
Rádios e walkie-talkies, aparelhos de comunicação importados de forma ilegal são a acusação dirigida a Aung San Suu Kyi, a até agora chefe do Executivo, detida há três dias e por mais duas semanas pela junta militar.
Também o Presidente do país é acusado de ter desrespeitado o confinamento durante a campanha eleitoral.
Ao todo serão mais de uma centena os parlamentares e membros do Liga Nacional para a Democracia detidos, mas agora instruídos para abandonarem os edifícios e residências governamentais de Nay Pyi Daw, a muito patrulhada capital do Myanmar.
Fica interrompido o lento e frágil processo de democratização em curso na antiga Birmânia.
A população tem encontrado formas alternativas de protesto. Desde buzinões a bater em panelas. Os médicos de 30 cidades do país fizeram greve de zelo e juntaram-se num movimento de desobediência civil. A internet é agora uma nova arma contra a poderosa junta militar.
Para além da vizinha Tailândia, também no Japão e na Austrália houve manifestações de protesto. Por parte dos G7 há condenação pelo golpe militar, bem como nas Nações Unidas, mas o conselho de segurança, devido à China e Rússia, não se colocou de acordo numa resolução comum.