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Pedidas penas de 20 a 30 anos para três alegados jihadistas julgados em Paris

Planearam um ataque em Paris, que foi impedido por uma operação da Direção Geral de Segurança Interna no seio da organização jihadista.

Pedidas penas de 20 a 30 anos para três alegados jihadistas julgados em Paris

A Procuradoria Nacional Antiterrorista (PNAT) francesa pediu esta segunda-feira penas de prisão de 20, 22 e 30 anos para três alegados 'jihadistas', por planearem um ataque em Paris, em dezembro de 2016, que foi travado pelos serviços de inteligência.

Os procuradores-gerais apelaram a sentenças de 20 e 22 anos de prisão para os cidadãos de Estrasburgo Hicham Makran e Yassine Bousseria, e a pena máxima, de 30 anos de prisão, para o marroquino Hicham El-Hanafi, considerado o "soldado mais leal" do grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI).

O caso foi julgado pelo tribunal especial de Paris e, no final da acusação, os dois magistrados pediram que todas as sentenças fossem acompanhadas de um período de segurança de dois terços das penas.

Os magistrados pediram ainda que El-Hanafi fosse definitivamente banido do território francês, depois de cumprir a sua pena em França.

Planearam um ataque em paris em 2016

Os três homens estão a ser julgados desde o dia 1 de fevereiro, por planearem um ataque em Paris, a 1 de Dezembro de 2016, que foi impedido através de uma operação de ciberinfiltração da Direção Geral de Segurança Interna (DGSI) no seio da organização 'jihadista'.

"A Operação Ulysse" (nome do agente da DGSI que se infiltrou nas redes do EI) foi a operação judicial mais ambiciosa de França no domínio da luta contra o terrorismo", disse um dos magistrados, Benjamin Chambre.

A detenção, em novembro de 2016, dos três arguidos "permitiu impedir uma ação coordenada pelo EI a partir de Raqqa" na Síria, sublinhou.

Durante toda a acusação, os procuradores tentaram demonstrar que Yassine Bousseria, Hicham Makran, ambos com 41 anos, e Hicham El-Hanafi, de 30, eram membros "operacionais" do EI.

Na terça-feira será feita a defesa dos arguidos e na quarta-feira será conhecido o veredito.