Mais de um ano depois da condenação de Harvey Weinstein por violação, os advogados do antigo produtor cinematográfico exigiram um novo julgamento, alegando que o anterior foi condicionado pelo movimento #MeToo.
Um "cavaleiro" que lutou para impedir que Weinstein tivesse direito a um julgamento justo. É assim que a equipa de advogados do antigo produtor norte-americano classifica o juiz James Burke, que condenou o magnata de Hollywood a 23 anos de prisão, e justifica, em 166 páginas, a necessidade de haver um novo julgamento.
Os advogados de Harvey Weinstein também contestaram a recusa do juiz de excluir do júri um elemento que já tinha publicado livros que abordavam os comportamentos de predador sexual de homens mais velhos, considerando que influenciou a decisão do julgamento.
"[Harvey] Weinstein tem todo o direito a um julgamento justo por um júri imparcial", escreveram Barry Kamins, John Leventhal e Diana Fabi-Samson. O coletivo acrescenta que o movimento #MeToo - criado para incentivar as denúncias de violação de vários magnatas norte-americanos que, até então, escapavam com total impunidade - também influenciou a decisão do júri.
Weinstein, de 69 anos, foi condenado em fevereiro de 2020 de violar uma produtora televisiva e cinematográfica, em 2006, e uma atriz, em 2013.