O Presidente russo, Vladimir Putin, avisou esta quarta-feira o Ocidente sobre as consequências de qualquer provocação que possa contrariar os interesses da Rússia, afirmando que, perante tal cenário, a resposta será “assimétrica, rápida e dura”.
O tom de ameaça marcou hoje o discurso anual sobre o Estado da Nação.
“Irão arrepender-se como há muito tempo não acontece”, declarou Putin no seu discurso anual sobre o Estado da Nação, num momento de crescentes tensões entre Moscovo e o Ocidente em vários dossiês.
Na intervenção, o chefe de Estado russo pediu às potências ocidentais para não cruzarem uma "linha vermelha" com a Rússia.
"Que ninguém tenha a ideia de cruzar uma linha vermelha com a Rússia", reforçou.
Sem especificar quais poderão ser os limites traçados por Moscovo, Vladimir Putin frisou que os atos hostis prosseguem, acrescentando que para certos países “culpar a Rússia por tudo e por nada tornou-se uma espécie de desporto”.
Fora do Kremlin, houve tolerância zero a todas as tentativas de contestação do discurso. Por toda a Rússia, foram presos centenas de apoiantes de Alexey Navalny e foram reprimidas as manifestações de apoio ao opositor e crítico feroz de Putin.
Em greve de fome e internado no hospital, Navalny cumpre atualmente uma pena de dois anos e meio de prisão.