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Barbie lança coleção inspirada em mulheres que estiveram na linha da frente durante a pandemia

Uma delas é a investigadora que desenvolveu a vacina da AstraZeneca, Sarah Gilbert.

Da esquerda para a direita: Audrey Cruz, Jaqueline Goes de Jesus, Kirby White, Sarah Gilbert, Chika Stacy Oriuwa e Amy O'Sullivan.
Da esquerda para a direita: Audrey Cruz, Jaqueline Goes de Jesus, Kirby White, Sarah Gilbert, Chika Stacy Oriuwa e Amy O'Sullivan.
University of Oxford/via REUTERS

A fabricante de brinquedos Mattel lançou uma nova coleção da Barbie onde seis mulheres da ciência, que estiveram na linha da frente durante a pandemia, são homenageadas.

Uma das barbies é dedicada a Sarah Gilbert, uma das investigadoras responsáveis pelo desenvolvimento da vacina da AstraZeneca.

A BBC conta que a cientista, ao início, achou muito estranha a ideia de ter uma barbie de si própria. No entanto, sempre quis acreditar que pudesse inspirar crianças a seguirem carreiras na área da ciência, principalmente meninas.

Sarah Gilbert liderou, em 2020, a equipa da Universidade de Oxford, que em parceria com a farmacêutica AstraZeneca entrou na corrida para a vacina contra a covid-19.

"Tenho paixão por inspirar a próxima geração de meninas a seguirem carreiras na área das STEM (Ciências Naturais, Tecnologia, Engenharia e Matemática). Espero que as crianças que virem a minha Barbie percebam como as carreiras científicas são vitais para ajudar o mundo à nossa volta", disse.

A biomédica brasileira Jaqueline Goes de Jesus também foi uma das cientistas escolhidas pela Mattel pelo trabalho desenvolvido na investigação do novo coronavírus. Tornou-se conhecida depois de sequenciar o genoma do primeiro caso de SARS-CoV-2 no Brasil, apenas 48 horas após ter sido identificado. Com esta descoberta foi possível distinguir o vírus que infetou o paciente brasileiro do genoma identificado em Wuhan, na China.

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Jaqueline Goes de Jesus, de 31 anos, antes de se dedicar ao estudo do novo coronavírus, esteve envolvida nas investigações sobre o vírus Zika.

Amy O'Sullivan, a enfermeira que tratou o primeiro doente covid-19 num hospital de Brooklyn, em Nova Iorque, também faz parte da coleção. Assim como a médica Audrey Cruz, de Las Vegas, que lutou contra a discriminação e preconceito racial ao lado de outros médicos asiático-americanos.

A médica canadiana e ativista Chika Stacy Oriuwa, especialista em psiquiatria, e a médica australiana Kirby White, que criou uma bata que os profissionais de saúde podem lavar e reutilizar durante a pandemia, completam esta coleção.

Para apoiar jovens cientistas, Barbie tem bolsa de estudo de 3.000 euros

A investigadora Elvira Fortunato não faz parte da coleção lançada agora pela Mattel, mas antes já fazia parte de um programa, em parceria com a Barbie, que vai dar a oportunidade a uma estudante de receber uma bolsa de estudo, no valor de 3.000 euros, para ingressar em qualquer curso de Ciências e Tecnologias da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade Nova de Lisboa.

O programa “Meninas na Ciência powered by Barbie” surge no âmbito do projeto Dream Gap da Barbie, uma iniciativa global que procura combater a desigualdade e influenciar positivamente as mulheres de amanhã.

Destina-se a todas as estudantes a frequentar o 12º ano de escolaridade, em Portugal. Para participar as alunas terão de desenvolver um projeto de inovação e criatividade que as ajude a responder à questão “De que forma poderia mudar o mundo através da Ciência?”. As candidatura encerram no dia 15 de agosto e a 20 de setembro será anunciada a grande vencedora.