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NASA quer explorar asteroide metálico que pode valer triliões de euros

A missão norte-americana deverá chegar ao Psyche 16 em 2026 e será a vez primeira que se realiza a exploração de um corpo celeste de composição metálica.

Ilustração do asteroide Psyche 16
Ilustração do asteroide Psyche 16
NASA

Psyche 16 é um dos milhões de asteroides que orbita à volta do sol, na cintura que divide Marte e Júpiter. Chamou a atenção dos investigadores por ser constituído por metais preciosos que, segundo novas medições de temperatura, podem valer mais de 10 triliões de dólares (cerca de 8,5 triliões de euros).

A NASA tem prevista uma expedição para estudar este asteroide e determinar a sua origem. A missão deverá ser lançada em 2022 e chegará à superfície do asteroide em 2026 e irá analisar se o Psyche 16 – que tem cerca de 226 quilómetros de diâmetro – é, de facto, parte do núcleo de um antigo planeta que terá sido destruído durante a formação do sistema solar.

A contagem decrescente já começou para aquela que será uma expedição inédita: "Pela primeira vez, vamos explorar um mundo que não é feito de rochas ou gelo, mas de metal", escreve a NASA na página oficial do projeto.

O corpo celeste tem sido analisado por uma equipa de investigadores da Caltech, em Pasadena, no estado da Califórnia, que desenvolveu um mapa de temperatura da superfície do asteroide. Utilizando o Atacama Large Millimeter Array, no Chile, os investigadores conseguiram obter imagens com 50 píxeis de resolução – normalmente estas imagens oferecem apenas um simples píxel de dados - e mapear a temperatura superficial do asteroide.

Este mapa permite identificar que a superfície do Psyche 16 é composta por, pelo menos, 30% de metal e que as rochas na superfície são polvilhadas com grãos de metais.

“Estas descobertas são um passo em frente para resolver o mistério da origem deste incomum objeto, que muitos acreditam ser um pedaço do núcleo de um protoplaneta destruído”, avançam os autores do estudo, citados pelo o Daily Mail.

O asteroide Psyche 16 foi identificado pela primeira vez em 1852 e é o maior dos asteroides de Tipo-M – uma classe enigmática que se pensa ser rica em metais e cuja origem é atribuída à destruição de protoplanetas destruídos aquando da criação do sistema solar. Os investigadores suspeitam que este corpo celeste seja constituído, na sua maioria, por ferro e níquel.

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