Os talibã entraram em Cabul, capital do Afeganistão, e controlam agora o país. Em Portugal, o pugilista Farid Walizadeh não consegue entrar em contacto com a família e amigos há mais de uma semana.
É com incerteza que assiste, à distância, aos acontecimentos mais recentes do país onde nasceu. Vive em Portugal há quase 10 anos com o estatuto de refugiado, depois de ter fugido com apenas sete anos.
O silêncio assusta quem quer ouvir as notícias dos amigos e familiares que ficaram em território afegão. Os traumas do passado voltaram: há décadas que o Afeganistão vive um clima que está longe de ser tranquilo.
Para Farid Walizadeh, resta esperar por notícias. O afegão é lutador de boxe – um dos melhores em Portugal – e esteve quase a participar nos Jogos de Tóquio 2020 da equipa olímpica de refugiados.
A mais de 8.000km de distância, agarra-se ao que tem para manter viva a expectativa de voltar a ver os amigos e familiares que continuam no Afeganistão.
► Veja mais:
- Afeganistão. Governante britânico emociona-se: "Alguns ficarão para trás"
- Mundo deve unir-se para combater "ameaça terrorista" no Afeganistão
- Afeganistão. Irão quer que "derrota" dos EUA se transforme em "oportunidade de paz"
- Sete mortos no aeroporto de Cabul, alguns caíram de avião em voo
- Portuguesa retida em Cabul relata momentos de pânico e confusão
- “Ninguém quer saber de nós”. Jovem afegã grava vídeo emotivo
- Afeganistão. As imagens da "invasão" do aeroporto de Cabul por civis
- Talibãs dizem que guerra no Afeganistão acabou e prometem transição pacífica de poder
- Multidão no aeroporto de Cabul, há aviões sem autorização para levantar voo