O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, convocou uma reunião urgente de uma comissão de seguimento do plano de luta contra os delitos de ódio depois de uma agressão homobófica em que encapuçados espancaram um jovem de 20 anos.
Segundo informou esta terça-feira a porta-voz do executivo espanhol, Isabel Rodríguez, o chefe do executivo quer "liderar pessoalmente" esta matéria e irá participar no encontro convocado para esta sexta-feira.
Na agressão que teve lugar no domingo, oito encapuçados agrediram um jovem de 20 anos quando este entrava na porta da sua casa, em Madrid, atirando-o ao chão, cortando-lhe em seguida o lábio e gravando a palavra "maricas" ('maricón' em espanhol) numa nádega com uma navalha.
Ativistas denunciam aumento de ataques em Espanha à comunidade LGBTQ
Grupos ativistas denunciaram o aumento em Espanha de ataques a pessoas LGBTQ (sigla para lésbicas, gays, bissexuais, transgénero e queer) e anunciaram a intenção de realizar protestos de rua nos próximos dias.
Os ativistas asseguram que as estatísticas oficiais apenas mostram uma fração do problema porque muitos incidentes não são relatados.
Em julho passado, noutro caso muito falado em Espanha, um jovem de 24 anos morreu num ataque que provocou uma condenação generalizada depois de amigos da vítima terem afirmado que ele foi alvo de espancamento até à morte por ser homossexual.
A polícia está a investigar o ataque de domingo, que, entretanto, foi condenado por todos os líderes políticos espanhóis.