A futura rede social de Donald Trump será alojada na RightForge, uma infraestrutura de Internet de pendor conservador, disse, esta terça-feira, o presidente da empresa, Martin Avila.
Batizada de "Truth Social" ("Verdade Social"), a rede social do ex-presidente, banido em janeiro do Twitter, Facebook e do YouTube, deverá ter mais de 75 milhões de usuários, disse Ávila ao site de notícias Axios, destacando que "preparou o terreno" para esse cenário.
"É por isso que haverá servidores em todo o lado", disse o presidente da RightForge.
Donald Trump foi afastado das principais redes sociais após o violento ataque ao Capitólio a 6 de janeiro, desencadeado por apoiantes seus, mas o líder da RightForge defende que o ex-presidente não deve ser silenciado.
"Quem acha que o presidente deveria ser banido das plataformas, acha que realmente não quer viver num país livre", disse Ávila.
A RightForge, referiu, quer garantir que "os Estados Unidos permaneçam fiéis às suas ideias centrais e que o mercado de ideias permaneça aberto".
Trump anunciou na semana passada o lançamento de "Truth Social", a última tentativa de regressar às redes sociais, que também alimenta especulações sobre uma nova candidatura à Casa Branca para 2024.
Donald Trump garantiu, esta terça-feira, que o recém-formado grupo Trump Media & Technology (TMTG), que irá englobar a "Truth Social", um serviço de vídeo a pedido e podcasts, "vê oportunidades noutros sectores-chave, como serviços de Internet e infraestruturas de pagamento".
"Vimos um atual presidente dos Estados Unidos ser silenciado por uma pequena oligarquia de gigantes da tecnologia e dos media", disse Trump em comunicado.
O ex-presidente disse ainda que estava "determinado a quebrar o domínio [dos gigantes da internet] sobre as vozes do povo americano".
O Facebook baniu indefinidamente Trump em 7 de janeiro, acusando o ex-presidente de usar a sua plataforma para incitar os seus partidários à violência, antes do ataque ao Capitólio. A sanção foi então reduzida para dois anos.
O Twitter também suspendeu permanentemente a conta presidencial de quase 89 milhões de assinantes "por causa do risco de mais incitação à violência".
A rede social deverá ser lançada no primeiro trimestre do próximo ano, de acordo com um comunicado de Trump.