Milhares de pessoas voltaram a sair às ruas do Sudão contra o golpe de Estado levado a cabo esta segunda-feira pelos militares.
A violência das forças de segurança sobre os manifestantes já causou a morte de pelo menos oito pessoas e fez mais de 170 feridos.
O exército diz que tomou o país de surpresa para evitar uma guerra civil. No mesmo dia, depôs o Governo e deteve vários membros do executivo, incluindo o primeiro-ministro que entretanto já está em casa.
A tomada de poder já foi condenada pela comunidade internacional. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, apelou aos militares para exercerem contenção durante os protestos. Desde a independência, há 65 anos, o Sudão tem sido governado quase continuamente pelos militares.
Este sábado, os opositores ao golpe de Estado prometem um milhão de sudaneses nas ruas de todo o país.