A NATO quer que sejam impostas sanções económicas a Moscovo, face a uma eventual ameaça contra a integridade territorial da Ucrânia, num momento em que o Presidente ucraniano quer um encontro com o homólogo russo para por um travão à escalada do conflito entre os dois países.
O posicionamento de mais de 100 mil soldados russos perto da fronteira da Ucrânia foi desde logo caracterizado pela NATO como uma provocação.
É a segunda mobilização este ano, desta feita com Kiev a denunciar a iminência de uma ofensiva russa.
Moscovo tem tentado obter garantias que a Ucrânia nunca integrará a NATO, mesmo que a título não oficial.
Putin deixou a ameaça de que envio de armamento ou soldados aliados para a Ucrânia cruzaria uma linha vermelha e desencadearia uma forte resposta russa.
O presidente russo quer travar o alargamento da Aliança Atlântica a leste, em particular a instalação de sistemas de defesa antimísseis, semelhantes aos da Roménia e da Polónia.
Esta quarta-feira, a porta-voz da diplomacia russa acusa a Ucrânia de estar a reunir um contingente de mais de 125 mil tropas no leste do país.
Moscovo tem devolvido a Kiev a responsabilidade pela crise e denuncia uma intenção deliberada do Ocidente de escalar o conflito.
A movimentação de tropas russas fez soar os alarmes a ocidente e reaviva a memória da anexação da Crimeia, em 2014, um conflito que já fez mais de 13 mil mortos.
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