Depois do Chipre, o Papa Francisco chegou este sábado à Grécia para uma visita de dois dias. Acabado de aterrar, o Papa usou um discreto utilitário para se encontrar com os chefes de Estado e de Governo da Grécia.
No Palácio Presidencial começou por denunciar o autoritarismo da nova realidade.
No país berço da democracia apelou a um regresso à política que defende o bem comum e não se deixa levar pelo medo.
A burocracia e a distância das instituições está a provocar um cepticismo democratico, explica o Papa Francisco. A solução está longe das promessas fáceis do populismo.
A visita à Grécia faz parte de uma viagem ao Mediterrâneo, onde só este ano desapareceram mais de 1.500 migrantes quando tentavam chegar à Europa.
A primeira visita de um Papa a Atenas nos últimos 20 anos decorre com segurança apertada, mas nem a mobilização de milhares de efetivos conseguiu travar a linha mais radical da Igreja Ortodoxa - a mais importante na Grécia.
Houve um protesto que aconteceu minutos antes do encontro com a máxima autoridade religiosa do país. O primeiro dia de visita contou ainda com uma recepção da pequena comunidade católica.
Para domingo já está marcado o regresso a Lesbos. A ilha é uma das principais portas de entrada de migrantes na Europa.
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