O Presidente russo, Vladimir Putin, e o Presidente norte-americano, Joe Biden, reúnem-se na terça-feira, numa altura em que aumentam as tensões entre a Rússia e os EUA sobre a Ucrânia. Para Germano Almeida, o risco de guerra “é real” e os próximos dias serão decisivos.
O comentador da SIC diz que, a confirmar-se que a Rússia reuniu cerca de 70 mil soldados perto da fronteira com a Ucrânia, informação apuradas pelos serviços de inteligência dos EUA, “a Rússia terá em breve perto de 180 mil soldados a postos para uma eventual guerra”.
Sobre a reunião de terça-feira, acredita que poderá atenuar tensões, mas que Putin está a testar Joe Biden “depois da humilhação em Cabul”.
“[Putin] está a fazer uma demonstração de poder, quer manter-se relevante e temível. Sabe que quanto mais projetar agressividade militar, mais contará no palco internacional. Não devemos subestimar a ameaça russa, não é um mero bluff”, alerta.
Preparação de uma invasão? Rússia diz que não
Moscovo tem vindo, contudo, repetidamente a negar qualquer intenção neste sentido e acusa os países ocidentais de aumentarem as "provocações", em particular efetuando exercícios militares no Mar Negro, um espaço que a Rússia considera seu.
Com a Ucrânia dilacerada desde 2014 por um conflito entre Kiev e os separatistas pró-russos no Leste do país, que já causou mais de 13.000 mortos e começou após a anexação da Península da Crimeia pela Rússia, esta está mais inflexível do que nunca na pretensão de que a Ucrânia não seja admitida na aliança militar da NATO.