O recurso de Donald Trump, que pretendia manter em segredo vários documentos sobre a invasão ao Capitólio, foi recusado.
Um tribunal federal dos Estados Unidos decidiu, na quinta-feira, negar o recurso apresentado pelo ex-Presidente norte-americano Donald Trump para manter secretos documentos da Casa Branca.
Na decisão, com 68 páginas, os juízes escreveram que Trump "não deu ao tribunal nenhuma base para anular a decisão do Presidente Biden", permitindo que os Arquivos Nacionais dos Estados Unidos entreguem documentação à comissão de inquérito ao ataque.
Trump tinha invocado um alegado "privilégio do executivo" para reclamar que as centenas de documentos, contendo informações sobre o que se passava na Casa Branca enquanto o assalto ocorria, não fossem transmitidos à comissão de inquérito.
O antigo Presidente dos EUA deve agora recorrer para o Supremo Tribunal. Mas, a confirmar-se a decisão, a Comissão de Inquérito do caso vai ter acesso ao que se passou na Casa Branca no dia do assalto.
No total são mais de 770 páginas, que incluem o diário da Casa Branca, o registo de atividades e chamadas telefónicas. Outros documentos que o ex-Presidente não quer que o Congresso veja incluem um memorando manuscrito sobre os acontecimentos de 6 de janeiro e um esboço do seu discurso no comício "Save America", que precedeu o ataque.
A invasão do Capitólio aconteceu há cerca de 11 meses, quando centenas de manifestantes invadiram o Capitólio e interromperam a confirmação da vitória eleitoral de Joe Biden, na sequência de reiteradas acusações de Trump sobre a existência de fraude eleitoral generalizada, sem fundamentação credível.
Saiba mais:
- Polícia do Capitólio dos EUA detém funcionário na posse de pistola
- Invasão do Capitólio: ex-assessor de Trump já não vai colaborar na investigação
- Trump tentou impedir certificação da vitória eleitoral de Biden antes do ataque ao Capitólio
- Comissão de inquérito a ataque ao Capitólio intima ex-conselheiro de Trump