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Ómicron tem risco muito elevado e exige medidas "fortes e urgentes"

O alerta é agora do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC).

Ómicron tem risco muito elevado e exige medidas "fortes e urgentes"
Gusztav Hegyi

Depois de a OMS ter alertado que a nova variante está a propagar-se a um "ritmo sem precedentes", o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) diz, esta quarta-feira, que a Ómicron representa um risco "muito elevado" e exige medidas "urgentes e fortes", de modo a proteger os sistemas de saúde.

Numa avaliação de risco atualizada hoje publicada, o ECDC aponta que a Ómicron deverá suceder à Delta como a variante dominante na União Europeia (UE) no início de 2022, até porque já se assiste a transmissão comunitária dentro da Europa, e sublinha que os dados preliminares disponíveis não descartam "uma redução significativa da eficácia das vacinas" contra esta estirpe.

Desse modo, e porque os países da UE ainda enfrentam o impacto severo da vaga da variante Delta, "um novo aumento das hospitalizações poderá rapidamente sobrecarregar os sistemas de saúde", pelo que o ECDC considera que o risco do impacto da sua propagação é "muito elevado".

"Com base nas provas limitadas atualmente disponíveis, e dado o elevado nível de incerteza, o nível global de risco para a saúde pública associado à emergência e propagação da variante Ómicron é avaliado como muito elevado", assume então o centro europeu, que recomenda uma "ação urgente e forte" para reduzir a transmissão do vírus, "a fim de aliviar a já pesada carga sobre os sistemas de saúde e proteger os mais vulneráveis nos próximos meses".

Segundo o ECDC, é necessária "uma rápida reintrodução e reforço das intervenções não-farmacêuticas" para reduzir a transmissão da variante Delta em curso e retardar a propagação da variante Ómicron, mantendo sob controlo a carga sobre os cuidados de saúde.

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