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Governo britânico autoriza extradição de Julian Assange para os Estados Unidos

Após a justiça britânica autorizar extradição de Assange para os EUA, decisão ficou nas mãos do Governo.

Governo britânico autoriza extradição de Julian Assange para os Estados Unidos

A ministra do Interior britânica, Priti Patel, aprovou esta sexta-feira a extradição do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, para os Estados Unidos, onde é procurado pela divulgação de uma grande quantidade de documentos confidenciais.

Após a justiça britânica ter autorizado a extradição de Julien Assange a 20 de abril, a decisão ficou nas mãos do Governo.

“A 17 de junho, após deliberação do Tribunal de Magistrados e do Tribunal Superior, foi ordenada a extradição de Julian Assange para os Estados Unidos. Assange pode recorrer da decisão no prazo de 14 dias”, informou o Ministério do Interior britânico em comunicado.

A decisão de Patel não representa, ainda assim, o fim da batalha legal de Assange, de 50 anos, que já dura há mais de uma década.

O fundador do WikiLeaks pode apresentar um recurso no Tribunal Superior de Londres. E, em última instância, pode ainda tentar levar o caso ao Supremo Tribunal do Reino Unido. No entanto, caso o recurso seja negado, Assange deverá ser extraditado no prazo de 28 dias.

Os seus apoiantes consideram-no um “herói”, que se tornou numa vítima do sistema após ter exposto situações relacionadas com os conflitos no Afeganistão e no Iraque. Em reação à ordem de extradição, o portal WikiLeaks já considerou que se trata “de um dia negro para a liberdade de imprensa e para a democracia britânicas”.

“Qualquer pessoa, neste país, que se preocupe com a liberdade de expressão deve estar profundamente envergonhada com o facto de a ministra do Interior ter aprovado a extradição de Julian Assange para os Estados Unidos, um país que planeou assassiná-lo”, refere o comunicado divulgado pelo portal WikiLeaks.

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