O primeiro-ministro britânico demitiu Michael Gove, o ministro da Habitação e Comunidades, que esta quarta-feira pediu a demissão do chefe do Governo, avança a BBC. E, entretanto, há mais uma demissão: a de Simon Hart, ministro para o País de Gales.
Em apenas 24 horas, mais de 40 membros do Executivo britânico, entre ministros, secretários de Estado, assistentes e outros conselheiros, bateram com a porta. Ainda assim, Boris Johnson garante que não vai deixar o cargo de primeiro-ministro por achar que sair agora causaria o caos.
A decisão de Boris de demitir um dos seus ministros mais próximos aconteceu ao início da noite, depois do encontro pedido pelos ministros do seu Governo.
Nesse encontro, o primeiro-ministro Boris Johnson recusou demitir-se, sustentando que quer ficar no cargo para se concentrar nas "questões extremamente importantes" que o país enfrenta, segundo uma fonte do executivo citada pela Sky News.
Depois da demissão dos ministros das Finanças e Saúde na terça-feira, cinco secretários de Estado anunciaram esta tarde numa carta conjunta que iam deixar o governo do Partido Conservador, elevando para pelo menos 32 o número de membros do governo britânico que se demitiram nas últimas horas.
O primeiro-ministro britânico afirmou hoje existir suficiente "talento" na bancada parlamentar do Partido Conservador para substituir os membros do Governo demissionários.
Mas entretanto, o seu lugar também poderá estar em risco. A procuradora-geral de Inglaterra e do País de Gales, Suella Braverman, do partido Conservador, anunciou que está disponível para substituir Boris Johnson.