A China vai começar a racionar a eletricidade a fábricas no sudoeste devido à onda de calor que está a atingir o país.
Na província de Sichuan, as temperaturas estão a ultrapassar regularmente os 40ºC, nos últimos dias, o que causou um aumento na procura de eletricidade, especialmente pelo uso de ar condicionado.
A província do sudoeste chinês depende a 80% de barragens para gerar energia, sendo que a maior parte delas está agora sem água.
O Governo decidiu dar prioridade ao fornecimento de energia elétrica residencial e ordenou aos utilizadores industriais que suspendessem a produção.
A medida, que está em vigor até sábado, vai atingir fábricas e empresas de 19 cidades da província, mas algumas poderão operar com capacidade limitada para necessidades especiais.
Sichuan é uma região chave na China para a produção de lítio, um metal presente em baterias elétricas.
Uma das consequências das restrições deverá ser a redução da produção de lítio em pelo menos 1.200 toneladas, o que deverá aumentar os preços do carbonato de lítio, de acordo com a analista da AFP, Susan Zou.
China em alerta máximo devido a onda de calor
A China emitiu esta segunda-feira um alerta vermelho devido ao calor extremo, após a temperatura ter ultrapassado os 40 graus em várias partes do país.
O calor extremo afetou áreas de 11 províncias e regiões da China.
Os especialistas descreveram a onda de calor como a "mais longa e intensa" dos últimos 60 anos.
A instituição previu que temperaturas acima dos 40 graus vão continuar a ser registadas em várias partes do território chinês, afetando sobretudo as províncias centrais de Sichuan, Shaanxi, Henan, Hubei, Hunan ou Jiangxi.